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27 junho 2013

Retraços da Minha Vida (IX)

"Uma sensação estranha, algo difícil de explicar... como se um anjo me afogasse a alma e o meu coração me afogasse em mágoa...
De repente, uma invasão de silêncio, como se os pássaros deixassem de cantar, e o vento que alvoroçava os meus cabelos deixasse de soprar…
Ansiedade por te escutar, por te abraçar, por te ver, por te olhar…
Obsessão por te beijar e também por te compreender.
Entregar-me, admirar-te, sonhar contigo, proteger-te, sentir saudades, desconhecer-me...
Tudo isso… é amar-te!
Quanto tempo vai durar este sofrimento... um segundo, uma eternidade?
Só sei que os meus sentidos enlouqueceram no dia em que os meus olhos o teu olhar conheceram. E que os meu sentidos se desiludiram no dia em que os teus olhos deixaram de ir ao encontro dos meus…
A quem deves dar ouvidos: ao sentimento ou à razão?
Preferiste dar à razão…
Hás-de te arrepender, se quem manda é o coração.
Se estás no caminho certo, isso te dirá o tempo.
Porém, nunca deves lutar contra um sentimento.
Nunca poderá estar mal o que fizeres com amor, pois o amor vem da alma...
Como dizer que te amo com esta distância? Como fazer com que saibas que no meu pensamento és constância e que me fazes muita falta?
Penso em ti, sei que te perguntas se cometeste um grande erro ao dar asas ao teu sentimento por mim… penso no teu olhar doce e sincero, no teu sorriso lindo e reconfortante… durante todo o dia não consigo tirar a tua imagem da minha mente e à noite choro a pensar nas nossas conversas, nos nossos momentos a dois… pergunto-me se pensas em mim, se sentes o mesmo que eu, se dormes mal por esta situação, se sentes a minha falta…
Essa luz misteriosa, lá adiante, a resplandecer inspiração caprichosa, que aparece quando quer, levou um poeta a escrever de maneira apaixonada:“ Nunca digas nunca… Nunca digas sempre…”
Mas eu não estou de acordo; O meu coração não me mente.
Digo que eu nunca te vou esquecer e que te vou querer sempre, sempre!
Desviava do teu ombro o lençol para que te pudesse encher de beijos e carinhos…
As pessoas que passavam lá fora não imaginavam o que se passava lá dentro… dentro de casa… dentro de nós…
Olhava para a roupa no chão… que tempestade… no ar pairava amor e carinho… ternuras a voar…
Quando saíamos á rua, todos olhavam para nós… mas a ninguém passava pela cabeça o que se tinha passado…
Saudades desses momentos… vão ser muitas mesmo…
Saudades de te ver passar com um sorriso na cara, os olhos a brilhar junto com os meus…
Vais fazer falta naquela janela…
A porta aberta… nunca mais… pelo menos para mim…"

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